Jovem grávida desapareceu em 2012; restos mortais foram achados no dia 18 de abril
A mãe da jovem Roberta Dias, que desapareceu grávida em Penedo em 2012, solicitou ao Instituto Médico Legal (IML) a comparação de material genético de um crânio encontrado no Pontal do Peba, em Piaçabuçu, Litoral Sul de Alagoas, para saber se é da filha. A informação foi confirmada ao G1 pelo IML Arapiraca nesta quarta-feira (21).
O crânio foi encontrado no último dia 18 de abril. Nesta madrugada, também foram encontrados outros ossos que serão recolhidos pelo IML para comparação genética com o DNA de Mônica Reis, mãe de Roberta.
“Como a mãe já havia fornecido material genético em outra oportunidade para a realização de um exame de confronto genético dela com um crânio encontrado em 2018. Iremos enviar esses fragmentos da ossada ainda essa semana para que o Laboratório do IC realize o exame de DNA. Inclusive no dia, como tinha só o crânio, explicamos a ela que não cabe ao IML fazer as buscas do restante da ossada, apenas o recolhimento quando acionado pelos órgãos competentes e que caso ela optasse por fazer as buscas por conta própria que acionasse a Polícia Civil”, explicou a técnica forense, Lourdes Ramires, chefe do setor de DNA do IML de Arapiraca.
Rosana Coutinho, chefe do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística (IC) explicou como o trabalho de identificação vai ser realizado.
“Primeiro iremos fazer exames para confirmar se o crânio encontrado no domingo (18) pertence à ossada encontrada hoje, e em seguida faremos o exame de DNA que consiste em comparar o material genético dos fragmentos dos ossos com o material da genitora da jovem desaparecida. Como trata-se de material de ossos antigos e enterrados, o que dificulta a extração do material genético, o prazo para conclusão desse laudo é de 20 a 30 dias a partir do recebimento do material”, disse.
Duas pessoas foram denunciadas em 2018 pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) por envolvimento no assassinato, Mary Jane Araújo Santos e o filho dela, Karlo Bruno, que admitiu o crime durante ligação telefônica para um amigo. O G1 teve acesso a um laudo pericial produzido pela Polícia Federal da conversa gravada em áudio.
Em 2018, uma outra ossada foi achada na mesma região do Peba, mencionada por Karlo Bruno na ligação telefônica como sendo o local onde deixaria o corpo. Nesta época, a mãe de Roberta Dias cedeu seu material genético para comparação, mas o resultado não foi compatível.
O processo segue em tramitação na 4ª Vara Criminal da Comarca de Penedo.
Com G1/Alagoas