Ex-prefeito de Água Branca e ex-conselheiro do TC, Roberto Torres, morre aos 82 anos

Causa da morte ainda não foi divulgada. governador Renan Filho lamentou a morte pelas redes sociais

O ex-prefeito de Água Branca por duas vezes, ex-deputado estadual e federal, além de ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Roberto Vilar Torres, morreu nesta quinta-feira (4), aos 84 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada. O governador Renan Filho (MDB), postou uma nota de lamentação nas redes sociais.

Roberto Torres era empresário do setor agropecuário, e começou a sua vida pública em 1961, quando tornou-se prefeito de sua cidade natal até o ano de 1967. Voltou a ser prefeito depois de 4 anos com apoio da Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido que sustentou a ditadura militar, que foi instaurada no Brasil no ano de 1964.

Roberto candidatou-se a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Alagoas em novembro de 1978, foi vitorioso e iniciou o seu mandato de deputado estadual no mês de fevereiro de 1979. Com a reorganização partidária que aconteceu com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979, ele se filiou ao Partido Democrático Social (PDS), que foi o sucessor da Arena.

Foi reeleito como deputado estadual em novembro de 1982, e na legislatura 1983-1987 Roberto presidiu a Comissão de Constituição e Justiça, assumiu o cargo de segundo secretário e por fim presidente da Assembléia, sendo que durante as ausências dos governadores Divaldo Suruagi e José Tavares. Nos seis meses anteriores às eleições de novembro de 1986 ele ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e já dentro deste novo partido Roberto batalhou pela coligação com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), responsável por eleger Fernando Collor de Melo como governador de Alagoas, ocasião na qual Roberto também se elegeu como deputado constituinte, assumindo o seu mandato no dia 1º de fevereiro do ano de 1987.

Quando a nova Carta Constitucional foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988, Roberto passou a integrar os trabalhos legislativos Ordinários da Câmara sendo titular das comissões de Constituição e Justiça, de Redação, de Defesa do Consumidor, e de Meio Ambiente e Minorias, e sendo suplente das comissões de Relações Exteriores e também de Agricultura e Política Rural. No mês de outubro de 1990 ele se reelegeu para mais um mandato, que teve início no mês de fevereiro de 1991, quando retomou a cadeira da Câmara dos Deputados.

Ainda no ano de 1991, Roberto integrou a Comissão de Finanças e Tributação. Votou a favor do impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo, que foi acusado de crime de responsabilidade por ter ligações com um esquema de corrupção que tinha como líder o ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, chamado Paulo César Farias.

Roberto disputou uma vaga de deputado estadual pelo PTB nas eleições de outubro de 1994, foi eleito e deixou Brasília quando a legislatura chegou ao fim, no mês de janeiro de 1995, e em fevereiro do mesmo ano tomou posse na Assembleia Legislativa de Alagoas. No mês de outubro de 1996 ele renunciou ao seu mandato para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Alagoas (TCE). Chegou a ser vice-presidente do Tribunal de Contas de Alagoas e também exerceu a função de ouvidor até o ano de 2008, ano em que deixou o Tribunal de Contas de Alagoas. Em outubro de 2009 concorreu à prefeitura de Água Branca, seu município natal, mas não foi eleito

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