Ex-BBB, que participou da 18ª edição do reality ao lado da filha, Ana Clara, afirma que separação de Eva de Mello após quase 30 anos de casamento também afetou seu emocional: “É um vazio muito grande na alma”
Ayrton Lima, o Papito do BBB 18, chegou a contabilizar um milhão e duzentos mil seguidores só no Instagram depois que quase venceu o reality da Globo ao lado da filha, Ana Clara Lima. O repentino sucesso na rede social, contudo, não fez nada bem à saúde mental do ex-BBB. Especialmente logo depois do fim do programa. Isso porque, na ocasião, o jeito que ele se relacionava com a filha – de sempre beijá-la, dar selinhos e abraçá-la – chegou a ser “julgado” na web até como “incesto”. “Tinha mais de um milhão de seguidores no Instagram, mas perdi alguns nos últimos meses. Perdi o tesão com a rede social. Sofri muito com os julgamentos errados. As pessoas não conhecem a minha história para me julgar e julgar minha família”, argumenta.
A movimentação contra os participantes foi tão grande que, na época, a Globo precisou até interferir na própria edição. Tiago Leifert teve uma conversa privada com a Família Lima a fim de perguntar a respeito desse tipo de aproximação. Após o bate-papo com o apresentador, pai e filha minimizaram as demonstrações de afeto entre eles. “Estou com depressão e um dos motivos foram esses julgamentos virtuais. Escreveram coisas muito pesadas”, destaca.
Outro episódio que também impactou o emocional de Ayrton foi a separação da também ex-BBB Eva de Mello, anunciada em maio do ano passado. Os dois estavam casados há quase 30 anos. “A separação foi o gatilho para a depressão e a partir daí comecei analisar a minha vida. Depois que saí do ‘BBB’, eu não estava conseguindo trabalho, voltar para a minha área de tecnologia, sou analista de sistemas. Hoje tenho depressão, mas consigo controlar. É um vazio muito grande na alma”, explica.
Para tentar amenizar o “vazio na alma”, Ayrton tem recorrido à musculação de segunda a sábado. “A academia me ajuda bastante porque tem horas em que estou chorando durante o treino e quem está ao meu redor nem percebe. Já tive síndrome do pânico. Quando a Ana Clara ficou 43 horas na prova de resistência do carro, eu ia entrar em pânico, mas consegui me controlar. Tenho altos e baixos. Tem dias em que estou muito bem e em outros muito mal”, conta.
Ayrton procurou ajuda psiquiátrica para tratar a depressão, mas não se adaptou ao uso dos remédios. “Tomei três medicações diferentes. Na primeira, tive muitos efeitos colaterais. Na segunda, achei que estava ficando maluco. Na terceira, até fiquei bem, mas não quero ficar dependendo de remédio”, aponta, contando que não faz terapia. “Por enquanto preciso de um tempo para buscar essa ajuda [análise]. Tem horas em que acredito [na terapia] e horas que não. Já fiz, mas não consegui ver resultado. E como na pandemia as sessões são virtuais, não gosto. Não faço nada virtual. Prefiro presencial”.

INFLUÊNCIA SAUDÁVEL
Embora não tenha mais tanto interesse pela rede social, Ayrton costuma postar fotos dos treinos e tem chamado a atenção dos seguidores pelo físico definido. O carioca, que mede 1,76 m e pesa 65 quilos, já tem quase 60 anos e acredita que suas postagens podem até incentivar outras pessoas a seguirem o caminho da saúde. “Sempre gostei de malhar. Tem gente que acha que é exibicionismo [sobre postar fotos na academia]. Mas faço isso para incentivar aqueles que acham graça da barriga. Para mim, a velhice não passa de um número. As rugas são inevitáveis, o colágeno vai faltar. Mas é bom manter a autoestima boa e se olhar no espelho e se achar bonito”, afirma.
Fonte: Quem