A atuação de gala do Palmeiras na “estreia” em clássicos sul-americanos já rende seus frutos em manchetes e debates.
Linhas e mais linhas podemos gastar com o nosso novo português favorito e seus métodos para destroçar o super River. Especialistas em análise de desempenho o farão certamente.
Mas a verdade é que a revolução verde de Abel Ferreira é menos recheada de segredos do que os idiotas da objetividade querem crer. O encanto é explicado pelo talento de jovens jogadores e de um esquema tático não teimoso (e que levou muito em conta o talento dos adversários).
Não se trata de se “apequenar”, como acreditam que só exista o “futebol total” com mais posse de bola, mas de se adaptar, de ler e entender o jogo.
Ao identificar os pontos fortes do River (as tabelas e trocas de passes rápidas do 4-1-3-2) e os pontos fracos (defesa lenta), Ferreira armou seu bote. O Palmeiras atropelou o River impiedosamente com clichês do “soube sofrer” no início (até a primeira finalização lhe render o 1 a 0), do uso de contra-ataques mortais e de uma frieza que só um estádio vazio (infelizmente) pode oferecer.
Mas nada disso funcionaria sem o futebol do Gabriel Menino, do Rony e da eficiência do Luiz Adriano. Nem toda a genialidade que Gallardo pode reunir para o jogo de volta vai tirar a vaga na final do nosso novo português favorito.
Jorge Jesus foi para Portugal e perdeu seu lugar.
*Informações Uol