Moradores descobrem irregularidades em associação e reivindicam mudanças no Clima Bom

Atual presidente não mora no bairro e apenas 22 pessoas estão cadastradas na Associação

Os moradores do Conjunto Osman Loureiro, localizado na parte alta de Maceió, se reuniram neste sábado, 07, após identificarem uma série de irregularidades na Associação dos Moradores do Condomínio Residencial Conjunto Osman Loureiro (AMOL), que deveria atuar na comunidade. Além da falta de participação da atual gestão, dos mais de 4 mil moradores apenas 22 estão cadastrados na associação.

As irregularidades vieram à tona após a intervenção dos militares da Base Comunitária. Ao debater com os moradores sobre problemas e soluções para a comunidade, ficou clara a omissão e dependência da associação para tomada de ações.

Rivaldo de Lima, integrante da comissão que busca explicações e querem mudanças, indica que as primeiras reivindicações começaram a ser feitas. “O primeiro objetivo da comissão é adentrar os moradores na associação. Já fizemos a solicitação para o registro de 30 moradores. Eles [AMOL] tem um prazo de 10 dias para que sejam cadastradas, e se isso não acontecer vamos entrar com ação judicial para integrarmos associação e iniciarmos um plano de ação para nosso conjunto” – concluiu.

Moradores do Conjunto Osman Loureiro tiraram dúvidas com advogado. (Foto: Parte Alta Notícias)

Outro fato que chamou atenção da comunidade foi a mudança de endereço do atual presidente, que não mora mais no conjunto.

Tatiane Silva, mora no local há mais de 20 anos e revela que conhece apenas por nome o atual presidente da AMOL. “Acredito que seja uma associação fantasma, pois nunca vi esse pessoal ou algum tipo de ação promovida por eles [AMOL]. O interesse deles é só em melhoria própria e concordo muito com a formação de uma nova associação para melhoria do nosso conjunto. Precisamos nos conscientizar para participar da associação e cobrar o que é nosso por direito” – afirmou a moradora.

Durante a reunião deste sábado, os moradores tiveram suporte jurídico para entender quais seus direitos já que não tiveram retorno da AMOL. O advogado que representa a comunidade, Yves Maia, explicou que requerimentos administrativos já foram realizados cobrando explicações.

“Vamos fazer um processo de associação em massa para que as pessoas se regularizem com esta associação, e iniciar as ações de obrigação onde (sic) o presidente deve prestar conta do que fez com relação a questões estruturais e demais demandas. Se não tivermos sucesso nesses requerimentos vamos entrar com ação judicial”, esclareceu.

Advogado Yves esclareceu irregularidades encontradas na atual gestão. (Foto: Parte Alta Notícias)

Para o advogado, o principal erro cometido pela atual gestão é não ter um número expressivo de moradores cadastrados. “Temos um caso onde o presidente se perpetuou no cargo e toda infraestrutura montada dentro da associação foi baseada naquilo que ele queria, fato que reflete numa associação com apenas 22 pessoas. Um conjunto com mais de mil casas e só 20 pessoas mandando na associação, não faz sentido. Queremos ampliar esse quantitativo para que os interesses reais da comunidade sejam refletidos”, finalizou.

Mauro Joaquim, mora no conjunto há 30 anos e apoia a mudança na administração. “É necessário esse novo movimento, espero que cresça para o bem da comunidade. Não vemos melhoria há muito tempo. Precisamos melhorar o asfalto, todo o espaço público, o campo, as quadras. Tudo isso é nosso, dos moradores e precisa de alguém que cuide” – afirmou.

Como participar do movimento

A comissão que está a frente do projeto de mudança na atuação da associação informou que os moradores do Conjunto Osman Loureiro interessados sobre o assunto devem procurar os integrantes do grupo ou entrar em contato com o advogado responsável pelo caso.

Para ingressar no movimento o morador deve apresentar ou enviar via WhatsApp (Rivaldo -comissão 98845-5114 ou Yves – advogado 99933-7281) a seguinte documentação: RG, CPF e comprovante de residência.

A reportagem não conseguiu contato com a atual gestão. O espaço está aberto por meio do redacaopartealta@gmail.com

Por Eva Pimentel

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