Após pressão de aliados, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado escondendo dinheiro nas nádegas, pediu nesta terça-feira (20/10) licença do mandato por 90 dias.
O afastamento foi uma solução costurada com diversos aliados para evitar a cassação. Dessa forma, o primeiro suplente Pedro Arthur Rodrigues (DEM-RR), que é filho do senador, não assume.
“Irrevogável, irretratável e sem recebimento de salários no período”, informou a assessoria do parlamentar sobre a licença.
Rodrigues solicitou nessa segunda-feira (19/10) o “desligamento imediato” do Conselho de Ética do Senado, que deverá julgá-lo por quebra de decoro parlamentar.
Na última semana, o parlamentar havia deixado a comissão externa do Congresso Nacional que fiscaliza os gastos no combate à Covid-19 e a vice-liderança do governo na Casa.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento de Rodrigues por 90 dias. A decisão será apreciada nesta quarta-feira (21/10) pelo plenário da Corte.
Chico Rodrigues é investigado num esquema de desvio de recursos por meio de emendas parlamentares e fraude em licitação ligada à Secretaria de Saúde de Roraima no âmbito do combate à Covid-19.