ANM autoriza Braskem a pesquisar jazida de sal-gema no litoral Norte de Alagoas

População rejeita decisão e afirma reagir negativamente contra a decisão

Após toda a repercussão do caso Pinheiro desde 2018, a população dos municípios da Barra de Santo Antônio e de Paripueira foram surpreendidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM), por ter dado a autorização para a Braskem de pesquisar jazida de sal-gema em sente pontos desses dois locais, para fazer uma futura exploração.

Além dos dois municípios, os moradores do bairro de Ipioca, em Maceió, também foram surpreendidos. Porém, a população da região irá reagir contra a decisão, e os gestores irão recorrer até as últimas instâncias da justiça para impedir a mineração na região.

“Eu lembro da zona sul de Maceió e todos nós acompanhamos o drama que ocorre hoje, nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto. Por isso, estamos preocupados com a possível atividade da indústria nesta região”, informou o publicitário Aloísio Alves, em entrevista para o GazetaWeb. “Eu, assim como a maioria dos moradores de condomínio entre os dois municípios, declara “amor” pela região. Não aprovamos as atividades da indústria química por lá. Nas duas cidades, o assunto que domina as conversas nas praças é a chegada de poços da Braskem”.

A preocupação é que a extração de sal-gema ocorra em reservas de manguezais e das praias, como aconteceu com os 35 poços da indústria espalhados pelos bairros do Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro. Os poços e minas da empresa em Maceió, segundo o Serviço Geológico do Brasil (antiga CPRM), estão desmoronando. Os bairros, esvaziados. A empresa terá que desembolsar R$ 3,3 bilhões para indenizar 7,2 mil proprietários de imóveis.

Já o pescador Davi Luiz dos Santos, da Barra de Santo Antônio, pensa diferente. Disse que, se a indústria trouxer emprego, aceitaria a chegada dela. O mototaxista Zeronilson Luiz, funcionário da prefeitura local, imediatamente reagiu às declarações do vizinho. “Está maluco, homem! Você não sabe o que aconteceu nos bairros de Maceió? Quer que aconteça a mesma coisa aqui?”. 

Da redação com agências

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