Falso Negativo: MP denuncia secretário de Saúde do DF e outros 14 investigados por fraude em contratos

Promotores solicitam a perda dos cargos dos agentes públicos envolvidos e cobram R$ 46 milhões como reparação por desvio de recursos. Francisco Araújo é acusado de favorecer empresas na compra de testes de coronavírus e equipamentos para hospitais.

O Ministério Público do Distrito Federal apresentou, na noite desta sexta-feira (11), denúncia contra o secretário de Saúde, Francisco Araújo, e outros 14 investigados na operação Falso Negativo. Eles são acusados de integrar esquema de desvio de recursos e fraude em contratos para compra de testes do novo coronavírus e equipamentos para hospitais .

Para o MP, o secretário de Saúde “era quem geria as tratativas com empresas e direcionava os particulares a algum integrante da organização criminosa para proceder a articulações nos bastidores”. O prejuízo aos cofres públicos por superfaturamento é estimado em R$ 18 milhões.

Se a denúncia for aceita pelo Tribunal de Justiça do DF, os acusados viram réus. Promotores cobram R$ 46 milhões dos envolvidos como reparação, além da perda dos cargos dos agentes públicos envolvidos.

Francisco Araújo está preso desde 25 de agosto pelas supostas irregularidades, assim como outras quatro autoridades da cúpula da Secretaria de Saúde (saiba mais abaixo). Ele é acusado de liderar o esquema criminoso.

Veja quem são os integrantes denunciados:

Foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, fraude em licitações, descumprimento de normas de dispensa de licitação e peculato:

  • Francisco Araújo Filho, secretário de Saúde
  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário-adjunto de Gestão em Saúde
  • Ricardo Tavares Mendes, secretário-adjunto de Assistência à Saúde
  • Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde
  • Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde
  • Iohan Andrade Struck, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde, que se encontra foragido (saiba mais abaixo).
  • Jorge Antônio Chamon Júnior, ex-diretor do Laboratório Central do DF
  • Emmanuel de Oliveira Carneiro, diretor de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde
  • Erika Mesquita Teixeira, gerente de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde

Entre os denunciados estão seis representantes das empresas favorecidas em contratos da Saúde. Eles são acusados de fraude em licitação, descumprimento de normas de dispensa em licitação e apropriação de dinheiro público:

  • Glen Edwin Raiwood Taves, proprietário da empresa Luna Park
  • Duraid Bazzi, representante empresa da Luna Park
  • Eduardo Antônio Pires Cardoso, sócio da empresa Biomega
  • Mauro Alves Pereira Taves, sócio da empresa Biomega
  • Nicole Karsokas, funcionária da empresa Biomega
  • Roberta Cheles de Andrade Veiga, funcionária da empresa Biomega

O defesa de Eduardo Hage afirma que o subsecretário agiu “dentro da legalidade”, o que “será provado junto à Justiça”.

Fonte:G1

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