Levantamento foi realizado na manhã desta quinta-feira (10)
Durante o levantamento nos bairros do Farol, Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, realizados na manhã de hoje (10), a Defesa Civil percebeu e informou que não há risco inicial de colapso nas casas afetadas dessas regiões, nem o tombamento das mesmas.
De acordo com o geólogo Antonioni Guerrera, a Defesa Civil recebeu o chamado da população para verificar a situação. “O trabalho é focado nas fissuras, rachaduras e trincas que aparecem, tanto nas paredes quanto nos pisos. É um trabalho mais investigativo, então, vamos avaliar a situação. A ideia é saber se está ligado ao processo de instabilidade que atingiu os outros bairros. Aqui é uma região limite. É possível que esteja associada, mas pode ser que não. A gente pede um pouco de calma à população, porque nem toda fissura, nem toda trinca e rachadura estão associadas ao processo”.
“Lembrando que esse levantamento é um dos procedimentos de análise, então, estamos prevendo colocar uma instrumentação aqui no bairro para ver se dá subsídio maior e melhor para uma avaliação mais concreta. O processo continua acontecendo, não é surpresa. A ideia é de que, onde tem as rachaduras, se intensifique e, dentro dessa área, pode vir a ocorrer ou não. A gente acredita que uma hora [o solo] vai se estabilizar, mas não há como prever. A ideia é tentar fazer essa limitação e continuar monitorando as áreas adjacentes, porque isso não impede que o processo se estabilize”, disse.
De acordo com relatos de moradores, as fissurar surgiram no final de 2018, após um tremor de terra na região, e estão se intensificando desde então, afetando diversos imóveis da região. A Defesa Civil recebeu as denúncias há mais de um mês, durante uma visitação de residências. “As fissuras foram informadas há cerca de um mês, quando visitamos quatro residências. Estamos em processo de investigação, portanto, ainda é muito cedo para saber se há relação com o acontecido no Pinheiro. Uma série de levantamentos ainda vai ser feita e, daqui a um mês, iremos retornar para ver se houve progressão”, pontuou o engenheiro civil Dayvisson Rodrigues.
Durante uma visita a uma casa da região, é possível identificar com facilidade pelo comprimento do imóvel, rachaduras vindo de todos os lados, feito raízes de plantas. A principal preocupação dos moradores é não saber qual é o tamanho da dimensão do problema, e apesar da afirmação tranquilizadora dos técnicos, os moradores seguem apreensivos com a situação.
Ao final da investigação, os dados serão ainda compartilhados com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão federal que dá suporte nas ações de monitoramento realizadas pela Defesa Civil de Maceió, para que sejam analisados e, por fim, emitido um parecer.
Da redação com agências